segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Evolução histórica dos antibióticos

Alguns autores dividem toda esta evolução em 3 grandes eras. A primeira, por volta de 1619, conhecida como a era dos alcalóides, de onde provém os primeiros registos do sucesso do tratamento de doenças com extractos naturais. Durante muito tempo esses extractos e seus derivados formaram um grupo único de recursos terapêuticos conhecidos. Em meados de 1860, Joseph Lister foi o primeiro cientista a estudar o efeito inibitório de substâncias químicas sobre as bactérias e aplicar seus conhecimentos na medicina usando fenol para esterilizar instrumentos cirúrgicos. Isto fez com que houvesse uma importante diminuição nas taxas de mortalidade associadas à cirurgia. Estudando tais efeitos, Pasteur e Joubert foram os primeiros a reconhecerem o potencial clínico dos produtos microbianos como agentes terapêuticos em 1877. Czech, Honl e Bukovsky em 1889 fizeram uso local de extracto de Pseudomonas aeruginosas que era um excelente produto, foi comercializado por muitos anos. Outros pesquisadores usaram extractos de Penicillium e Aspergillus, os quais continham pequenas quantidades de antibióticos.

A segunda era, a era dos compostos sintéticos, foi marcada pela descoberta do salvarsan por Paul Ehrlich em 1909 para o tratamento de protozoários. Em 1910 Ehrlich testou o 606º composto arsénico e viu que ele era activo contra o vírus causador da sífilis. Esse composto foi usado como tratamento da sífilis até 1940 quando foi substituído pela penicilina. Foi descoberto e usado o Prontosil, que é uma sulfonamida que foi sintetizada por Klarer e Meitzsch em 1932. Os seus efeitos e resultados foram descritos por Gerhard Domagk., o que lhe valeu o Prémio Nobel de Medicina em 1938.Foram posteriormente continuados estudos em vários países, um dos mais notáveis estudos da época foi o de Kolebrook e Kenny (Inglaterra) em 1936 que demonstrou a imensa eficácia da droga na febre puerperal com quedas assustadoras no número de mortes. A posterior introdução da penicilina talvez tenha sido maior impacto sobre a febre puerperal.

A terceira era, a era moderna dos antibióticos, a que perdura até hoje e a mais ampla e difícil de ser relatada, foi marcada pelo controle das infecções por estreptococos e pneumococos com o uso que já vinha a ser feito das sulfonamidas. Alguns autores marcam a entrada dessa era com o início do uso clínico das sulfonilamidas em 1936. No final da década de 1940 apareceram as resistências de estreptococos hemolíticos, gonococos e pneumococos à sulfonamida. Após uns 20 anos, os meningococos tornaram-se resistentes à sulfonamida, que levou ao empenho pela busca de novas substâncias e assim, em 1939, René Dubos (Nova Iorque) descobriu a tirotricina formada pelo Bacillus brevis, que tinha um efeito curativo sistémico em ratos.  Alguns autores mencionam como o início da terceira era sendo em 1940 com os primeiros relatos sobre as propriedades do extracto de Penicillium notatum (hoje conhecida como penicilina) feitos em Oxford por Chain e seus colaboradores que tinham mostrado grande interesse pela descoberta feita por Fleming em 1929. Muitos dos estudos com a penicilina feitos durante a Segunda Guerra Mundial perderam-se, desta forma, a penicilina descoberta em 1929 e o seu uso definido em 1940 deu origem à mais utilizada classe de antibióticos, os b -lactâmicos. Em 1944, Selman Waksman isolou a estreptomicina de uma cepa de Streptomyces, a primeira droga efectiva contra a tuberculose e por isso recebeu o Prémio Nobel da Medicina em 1952.  Waksman isolou também a neomicina em 1948, além de outros 16 antibióticos durante sua vida. Em meados de 1950 ocorreram dois eventos importantes levando ao desenvolvimento de penicilinas semi-sintéticas. Primeiro, foi conseguida a total síntese do ácido 6-aminopenicilánico (6APA).  Segundo, Rolinson e seus colaboradores mostraram que muitas bactérias produziam acilases capazes de quebrar 6APA da benzilpenicilina. Em 1945 Edward Abraham e seus colegas da Universidade de Oxford estudaram o fungo de Brotzu Cephalosporium acremonium isolando desta cepa o terceiro antibiótico conhecido: cefalosporina C. A cefalosporina C era estável na presença da penicilinase produzida pelos estafilococos.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico

publicado por: Denise 

domingo, 20 de janeiro de 2013

A origem dos antibióticos

  A história dos antibióticos começa em 1928 quando o bacteriologista escocês Alexander Fleming desenvolveu pesquisas sobre o fungo Staphylococus e descobriu a penicilina que abriu caminhos para a pesquisa e o desenvolvimento de novas classes de antibióticos.
  Esta descoberta deu-se em condições muito peculiares, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes, acontecimentos estes quando observou que o crescimento de bactérias Staphylococcus aureus era inibido na área ao redor pela acção do fungo penincillinium que estava contaminado por mofo, que produz a tal substância penicilina.
  Por outro lado, a descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse até à segunda guerra mundial onde houve maior necessidade de antibióticos que levou biólogos e farmacêuticos como Sir Howard Fleorey e Ernst Chair a retomarem as pesquisas de Fleming e conseguirem  produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina denominada a era dos antibióticos.
  A definição do termo antibiótico também tem história. O termo inicial proposto por Vuillemin em 1889 era "antibiose" e que definia o antagonismo dos seres vivos em geral.





Editorial sobre os antibióticos: pesquisa do passado e do futuro (por Xavier Gruffat, farmacêutico, editor do Criasaude)

      Segundo nossas informações, a disponibilização de novos antibióticos no mercado foi importante nos anos 50, 60 e 70 e depois disso, nos últimos trinta anos, houve uma certa timidez dos laboratórios farmacêuticos para desenvolver novos antibióticos com o objetivo de apresentar menos resistência, menos efeitos secundários e uma melhor forma de administração (por ex: mais em comprimidos do que injetáveis). 
      Aparentemente existem explicações científicas (não é fácil encontrar novas classes de antibióticos) mas também enconômicas deste fenômeno, pois, de fato é mais rentável para a indústria farmacêutica desenvolver tratamentos para serem utilizados por dezenas de anos, como anti-hipertensivos, os medicamentos para diabetes,.. do que antibióticos mais pontuais (que são utilizados poucas vezes ao ano, por exemplo). No entanto,  a indústria farmacêutica cada vez mais submissa à pressão dos preços por causa da política, (por ex, nos mercados importante como os EUA ou a Europa) está tentando ampliar as pesquisas de antibióticos e vacinas. Existe portanto um certo optimismo e esperamos que esse despertar não seja muito tardio (risco de desenvolver resistências). 


Bibliografia:


Publicado por Ana Rita


sábado, 19 de janeiro de 2013

O que são antibióticos

O que são antibióticos?


Os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas (medicamentos), com capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir.  Hoje em dia existem antibióticos potentes contra diversos tipos de doenças como, por exemplo, pneumonia, angina, sífilis, meningite, tuberculose, gonorréia, tuberculose, escarlatina, etc. No entanto, não são activos contra os vírus que causam doenças como a gripe, constipação e a bronquite aguda.  Estas infecções virais geralmente são de resolução espontânea e não exigem o tratamento com antibióticos. Por vezes são usados para prevenir infecções bacterianas, como por exemplo, antes das intervenções cirúrgicas. O uso indiscriminado, principalmente sem orientação e acompanhamento médico, pode ser prejudicial à saúde. Além disso, favorece o desenvolvimento de microrganismos resistentes a determinados antibióticos.








Fontes:

Publicado por Magdalena Buruian