domingo, 18 de novembro de 2012

Espermatogenese em Passer domesticus (Aves, passeriformes) : estudo estrututral e ultra-estrutural


Espermatogenese em Passer domesticus (Aves, passeriformes) : estudo estrututral e ultra-estrutural

11-11-2012 17:38
O presente estudo teve como objetivo principal analisar os processos envolvidos na espermatogênese de um passeriforme, passer domesticus.
Para isso foram empregadas técnicas de microscopia eletrônica de transmissão, técnicas de microscopia de luz, bem como dois testes citoquímicos.
A análise dos cortes em parafina revelam que o testículo deste animal é constituído de uma massa de túbulos semíniferos anastomosados contendo epitélio germinativo com células em diversos graus de maturação.
As espermatogônias formam uma camada basal neste epitélio e acima delas são encontrados grupos de espermatócitos primários.
Ao nível ultra-estrutural podemos verificar que os espermatócitos primários apresentam aspectos nucleares muito peculiares, permitindo sua classificação nas subfases da prófase I.
Os estágios da prófase I, neste animal, são marcados pela presença de uma estrutura intra-nuclear esférica, o corpo redondo, e massas citoplasmáticas densas.
O posicionamento das espermátides no interior do túbulo seminífero, e seu modo de interação com a célula de Sertoli, são resposáveis pela formação de feixes, organizados radialmente no interior do túbulo.
Com bases em diversas características morfológicas, principalmente o grau de compactação cromatínica, as espermátides foram classificadas em 6 estádios de diferenciação: E1, E2, E3, E4, E5 e E6.
Em cortes ultrafinos verifica-se que o grau de compactação cromatínica resulta no surgimento de padrões nucleares regulares e o tratamento pelo Azul de Toluidina á ph 4.0 indica a substituição das proteínas histônicas por protaminas.
O desenvolvimento do flagelo e acrossomo iniciam-se muito cedo durante a espermiogênese, em regiões adjacentes e em associação com um complexo de Golgi bem desenvolvido, e o feixe de microtúbulos se relaciona a diversas mudanças celulares, contribuindo para obtenção da forma final dos espermatozóides.
Os espermátozoides testiculares são células helicoidais, com acrossomo cônico bastante alongado, onde se destaca a crista espiral.
Eles apresentam núcleo compacto e cauda extremamente longa.
Na cauda, além do axonema com fibras densas acessórias, destaca-se a mitocôndria muito longa, fazendo um trajeto helicoidal ao redor do axonema.
As células de Sertoli desempenham um papel fundamental na espermatogênese do pardal, fornecendo um suporte mecânico e estando envolvidas no processo de espermiação.

Publicado por Ana Rita

1 comentário:

  1. Achei este artigo interessante pelo facto de nos dar outra perspectiva acerca de como se processa a espermatogénese, com isto, para além de adquirirmos conhecimentos acerca deste processo nos Homens fiacamos a saber também como se processa nos animais.

    Ana Rita

    ResponderEliminar