A segunda era, a era dos
compostos sintéticos, foi marcada pela descoberta do salvarsan por Paul Ehrlich
em 1909 para o tratamento de protozoários. Em 1910 Ehrlich testou o 606º
composto arsénico e viu que ele era activo contra o vírus causador da sífilis.
Esse composto foi usado como tratamento da sífilis até 1940 quando foi
substituído pela penicilina. Foi descoberto e usado o Prontosil, que é uma
sulfonamida que foi sintetizada por Klarer e Meitzsch em 1932. Os seus efeitos
e resultados foram descritos por Gerhard Domagk., o que lhe valeu o Prémio Nobel de Medicina em 1938.Foram posteriormente continuados estudos em vários países, um dos mais notáveis estudos da época foi o de Kolebrook e Kenny
(Inglaterra) em 1936 que demonstrou a imensa eficácia da droga na febre
puerperal com quedas assustadoras no número de mortes. A posterior introdução
da penicilina talvez tenha sido maior impacto sobre a febre puerperal.
A terceira era, a era
moderna dos antibióticos, a que perdura até hoje e a mais ampla e difícil de
ser relatada, foi marcada pelo controle das infecções por estreptococos e
pneumococos com o uso que já vinha a ser feito das sulfonamidas. Alguns autores
marcam a entrada dessa era com o início do uso clínico das sulfonilamidas em
1936. No final da década de 1940 apareceram as resistências de estreptococos
hemolíticos, gonococos e pneumococos à sulfonamida. Após uns 20 anos, os
meningococos tornaram-se resistentes à sulfonamida, que levou ao empenho pela
busca de novas substâncias e assim, em 1939, René Dubos (Nova Iorque) descobriu
a tirotricina formada pelo Bacillus brevis, que tinha um efeito curativo sistémico
em ratos. Alguns autores mencionam como
o início da terceira era sendo em 1940 com os primeiros relatos sobre as
propriedades do extracto de Penicillium notatum (hoje conhecida como penicilina)
feitos em Oxford por Chain e seus colaboradores que tinham mostrado grande
interesse pela descoberta feita por Fleming em 1929. Muitos dos estudos com a
penicilina feitos durante a Segunda Guerra Mundial perderam-se, desta forma, a
penicilina descoberta em 1929 e o seu uso definido em 1940 deu origem à mais utilizada
classe de antibióticos, os b -lactâmicos. Em 1944, Selman Waksman isolou a
estreptomicina de uma cepa de Streptomyces, a primeira droga efectiva contra a
tuberculose e por isso recebeu o Prémio Nobel da Medicina em 1952. Waksman isolou também a neomicina em 1948,
além de outros 16 antibióticos durante sua vida. Em meados de 1950 ocorreram dois
eventos importantes levando ao desenvolvimento de penicilinas semi-sintéticas.
Primeiro, foi conseguida a total síntese do ácido 6-aminopenicilánico (6APA). Segundo, Rolinson e seus colaboradores mostraram que muitas bactérias produziam acilases
capazes de quebrar 6APA da benzilpenicilina. Em 1945 Edward Abraham e seus
colegas da Universidade de Oxford estudaram o fungo de Brotzu Cephalosporium
acremonium isolando desta cepa o terceiro antibiótico conhecido: cefalosporina
C. A cefalosporina C era estável na presença da penicilinase produzida pelos
estafilococos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
publicado por: Denise